O governo apresentou uma proposta de orçamento para o Salário mínimo 2026, trazendo um dado que mexe com a vida de milhões de brasileiros: o salário mínimo deve subir de R$ 1.518 para R$ 1.631 a partir de janeiro. A previsão foi incluída no Projeto de Lei Orçamentária Anual (PLOA), já encaminhado ao Congresso, e servirá como referência tanto para os gastos da União quanto para a renda de quem depende do piso nacional.
Como foi calculado o reajuste
O valor de R$ 1.631 segue a política de valorização aprovada em 2024. Pela regra, o reajuste deve considerar a inflação medida pelo INPC no ano anterior e a variação do PIB de dois anos antes, limitada a um teto de 2,5% acima da inflação.
Na prática, o aumento representará 7,44% em relação ao salário de 2025. Sem o limite de 2,5%, o piso poderia chegar a R$ 1.642, mas a regra de contenção reduziu a projeção final.
Valor ainda pode mudar
O número divulgado agora não é definitivo. O governo deve aguardar a consolidação dos dados oficiais da inflação até novembro de 2025. Se o INPC ficar acima do estimado, o Executivo poderá enviar ao Congresso uma mensagem modificativa em dezembro, corrigindo o valor do piso para cima.
Impacto para trabalhadores e contas públicas
O salário mínimo serve de base não apenas para os trabalhadores que recebem o piso nacional. Ele influencia diretamente benefícios como aposentadorias, pensões, seguro-desemprego e auxílios sociais, impactando milhões de famílias.
Cada reajuste também gera efeito imediato nas contas públicas. Estima-se que cada real acrescentado ao salário mínimo tenha impacto bilionário no orçamento, aumentando despesas com Previdência e programas sociais.
O PLOA 2026 seguirá em análise no Congresso Nacional e precisa ser aprovado até o fim do ano. Além do salário mínimo, o projeto também apresenta previsões sobre superávit, investimentos em saúde, educação e programas sociais, que ainda deverão ser debatidos pelos parlamentares.